26 de setembro. Atualizada em 01 de outubro.

Diocese de Duque de Caxias convoca união de forças contra retrocesso

de direitos nesse sábado (30) 

A Diocese de Duque de Caxias, junto com outras igrejas e movimentos sociais, realizou no último sábado, dia 30 o "Ato Profético pelo Brasil que Queremos", contra o retrocesso de direitos, dentre eles os trabalhistas e previdenciários, em curso pelas reformas do governo federal.

Estima-se que pelo menos mil pessoas tenham participado do encontro, que reuniu diversas Igrejas católicas de Duque de Caxias em sua maioria, mas também representantes da igreja metodista e algumas outras evangélicas. O Fórum Grita Baixada e o Centro de Direitos Humanos participaram do ato.

Em Nota Oficial, os organizadores do evento afirmaram:

"É grave a crise política, econômica e ética que se aprofunda no Brasil. Estão ameaçados os direitos e os avanços democráticos conquistados com muita luta. O ajuste fiscal e as reformas trabalhista e da previdência – tudo feito a toque de caixa - estão tirando direitos dos trabalhadores para favorecer o mercado. O próprio sistema democrático, já tão frágil, está em crise, pois nossos representantes estão distantes da realidade vivida pelo povo. Vemos engrossar o caldo cultural de ódio e intolerância. Há até os que defendem saídas fascistas. Apesar disso, as ruas estão vazias. Impressiona o silêncio da população e das instituições da sociedade. Talvez por perplexidade, talvez por temer o uso que se fará da sua manifestação.

Nós das comunidades católicas do 2º, 3º e 4º distritos de Duque de Caxias resolvemos tomar a iniciativa de promover o que chamamos de ATO PROFÉTICO PELO BRASIL QUE QUEREMOS, convidando outras denominações cristãs, outras religiões e a sociedade civil.

Objetivos:

- dizer que não somos massa manipulada, que não estamos indiferentes e sim indignados com o que está acontecendo no Brasil;

- despertar, conscientizar, provocar posicionamento;

- marcar posições que são consensuais para a grande maioria da população;

- defender os direitos que estão sendo tirados;

- unir Igrejas, religiões e sociedade civil no empenho pelo Brasil que queremos."

Um dos temas que mais foi objeto de menção nas  faixas foi a violência, em especial dos jovens e negros. Neste sentido, dramatizações abordaram a questão do racismo e da violência letal que ceifa a vida de jovens da Baixada Fluminense.

O Coordenador do Fórum Grita Baixada, Adriano de Araujo teve uma participação nas falas que se sucederam no carro de som. Araujo abordou em rápidas palavras o significado de profetismo, provocando um questionamento sobre a aparente apatia que se abateu sobre pessoas e instituições, mesmo, ou até em função das sucessivas denúncias de corrupção no país: "o cristão não pode se abater e se acomadar, ele precisa ser instrumento de transformação: ser sal, luz e fermento na sociedade", disse.